Ludmilla rebate Marcão do Povo e diz que apresentador não foi “inocentado”
Cantora contesta versão de absolvição de processo por racismo e cobra posicionamento da emissora
Ludmilla e Marcão do Povo |Foto: Reprodução/Redes Sociais
A cantora Ludmilla se manifestou nas redes sociais na noite desta sexta-feira (19) em resposta ao apresentador Marcão do Povo, que havia publicado um vídeo afirmando ter sido “inocentado” em processo por injúria racial que o envolvia. Em um vídeo no Instagram, Ludmilla contestou a interpretação da decisão judicial e disse que a afirmação de inocência não condiz com o que ocorreu nos autos.
No pronunciamento, a artista explicou que, embora a Justiça tenha decidido que Marcão não precisa pagar indenização, isso não significa que ele foi considerado inocente da acusação de racismo. Segundo ela, o apresentador teria utilizado uma “manobra processual” para evitar as consequências da decisão.
“Ele não foi inocentado, gente. O que ele fez na verdade foi uma manobra para se livrar das consequências”, afirmou Ludmilla, acrescentando que a Justiça reconhece o racismo praticado contra ela, mesmo que a reparação financeira não tenha sido imposta.
A cantora ainda lamentou que o SBT, emissora onde Marcão do Povo atualmente apresenta o jornal Primeiro Impacto, continue a mantê-lo em sua programação. “O SBT, que é uma emissora histórica, precisa saber que mantém em sua casa um apresentador condenado por racismo”, disse, chamando atenção para a postura da empresa diante do episódio.
O caso começou em 2017, quando Marcão se referiu à Ludmilla como “pobre macaca” ao vivo na TV, comentário que gerou ampla repercussão e levou ao seu desligamento da Record TV na época. A cantora moveu processo por injúria racial, e o caso se arrastou por anos, passando por diferentes instâncias da Justiça, com decisões contraditórias antes de chegar ao atual desfecho.
Em postagem anterior, Marcão do Povo afirmou que a decisão judicial representava o fim de um ciclo de mais de dez anos de “dor e exposição pública” e agradeceu a familiares, amigos e à direção do SBT pelo apoio, afirmando que a “verdade prevaleceu”.
Ludmilla disse ainda que pretende tentar novos recursos na Justiça, embora tenha ressaltado que a interpretação pública da decisão não reflete a realidade dos fatos processuais. A repercussão do caso reacende o debate sobre racismo na mídia e a responsabilidade das emissoras em lidar com apresentadores envolvidos em polêmicas desse tipo.
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