Operação remove barricadas do crime em áreas de Salvador dominadas pelo crime organizado
Ação tem como intuito combater as facções da cidade
Policiais civis em ação |Foto: Reprodução/Redes Sociais
A Polícia Civil da Bahia, com apoio de órgãos estaduais e municipais, realizou nesta sexta-feira (25) a Operação Barricada II, com o objetivo de conter o avanço territorial de facções criminosas em áreas estratégicas de Salvador. A ação teve como foco principal a remoção de barreiras erguidas por grupos armados nos bairros de Tancredo Neves, Narandiba e Engomadeira, que impediam a circulação de viaturas policiais, ambulâncias, caminhões de coleta de lixo e outros serviços essenciais.
Segundo o coordenador da operação e delegado do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), Marcos Tebaldi, a iniciativa faz parte de uma estratégia contínua da Secretaria de Segurança Pública para garantir o direito de ir e vir da população. O delegado destacou que a remoção dos obstáculos é uma determinação do alto comando da segurança estadual, diante da tentativa de organizações criminosas de estabelecer controle territorial por meio dessas estruturas ilegais.
Um dos principais alvos da operação foi a região conhecida como Buracão, entre Tancredo Neves e Narandiba, apontada como uma das bases do Comando Vermelho (CV) em Salvador e marcada por conflitos entre grupos rivais. Investigações indicam que a facção atua sob a liderança de Anderson Souza de Jesus, conhecido como “Buel”, foragido e incluído no Baralho do Crime da Secretaria da Segurança Pública. Ele é suspeito de liderar ações relacionadas ao tráfico de drogas e armas, homicídios, roubos e outros crimes.
A Operação Barricada II contou com o apoio logístico da Prefeitura de Salvador, incluindo caminhões e máquinas para remoção das barreiras, além da Guarda Civil Municipal e do Departamento de Polícia Técnica (DPT). As ações foram acompanhadas em tempo real pelo Centro Integrado de Comando e Controle (CICC). Simultaneamente, foram realizadas as operações Ponto Cego e Dinamus, em Salvador e Porto Seguro, com o cumprimento de ordens judiciais contra alvos ligados a atividades ilícitas. Novas fases das operações estão previstas para ampliar a presença do Estado em áreas consideradas sensíveis.
