Polêmica na divisão do seguro marca caso Marília Mendonça quase quatro anos após acidente
Caso voltou a repercutir em julho de 2025, após a divulgação de informações

Foto: Reprodução/Redes sociais
A mãe da cantora Marília Mendonça, Dona Ruth Moreira, está no centro de uma polêmica envolvendo a divisão do dinheiro do seguro do acidente aéreo que matou sua filha e mais quatro pessoas em 2021. O caso voltou a repercutir em julho de 2025, após a divulgação de informações que apontam uma possível pressão sobre as famílias das outras vítimas para que aceitassem receber menos da indenização.
Marília morreu no dia 5 de novembro de 2021, quando o avião em que ela viajava caiu em Piedade de Caratinga, em Minas Gerais. Além da cantora, morreram também seu tio e assessor Abicieli Silveira, o produtor Henrique Bahia, o piloto Geraldo Martins e o copiloto Tarciso Viana.
Depois da tragédia, a seguradora responsável pela aeronave, a Mapfre, pagou cerca de R$11 milhões em indenizações. Desse valor, metade, cerca de R$5,5 milhões, ficou com o filho de Marília Mendonça, Léo, que era um bebê na época. O restante foi dividido entre as famílias das outras quatro vítimas, que receberam em torno de R$1,4 milhão cada. Esse acordo foi formalizado e aprovado pela Justiça de Goiás em 2022.
No entanto, em julho de 2025, novas informações reveladas pelo jornalista Ricardo Feltrin trouxeram uma versão diferente da história. Segundo ele, Dona Ruth teria procurado a seguradora menos de 24 horas após a queda do avião e exigido que 50% do valor do seguro fosse destinado a Léo, já que todos os outros ocupantes estariam a serviço da cantora. As famílias das outras vítimas teriam aceitado a proposta por medo de que uma briga na Justiça levasse anos para ser resolvida.
A notícia causou revolta. O pai do produtor Henrique Bahia disse que só aceitou o acordo por receio de demorar muito para receber o dinheiro. A filha do piloto afirmou que a divisão foi injusta e que a dor da perda não pode ser medida por dinheiro.
Diante da repercussão, a defesa de Dona Ruth disse que ela não exigiu nada e que quem apresentou a proposta foram os advogados da empresa responsável pelo voo. Segundo a nota, Ruth sequer participou das negociações e o dinheiro recebido por Léo está guardado, sob supervisão judicial, e só poderá ser usado quando ele completar 18 anos.
Ainda de acordo com a defesa, Dona Ruth fez um pagamento voluntário de cerca de R$ 1 milhão à família do produtor Henrique Bahia como forma de ajuda, sem ser obrigada a isso.
A própria seguradora Mapfre se pronunciou e afirmou que seguiu todos os procedimentos legais e técnicos na hora de fazer o pagamento. A empresa também destacou que o acordo foi homologado pela Justiça, ou seja, teve aprovação legal, e negou que tenha favorecido a família da cantora.
A polêmica do seguro somou-se a outras situações envolvendo Dona Ruth nos últimos meses. Ela rifou objetos pessoais da filha, como um violão, o que também gerou críticas nas redes sociais. Além disso, surgiram áudios de conversas sobre a guarda de Léo, em meio a um clima de tensão com o pai da criança, o cantor Murilo Huff.
Apesar de tudo, até agora nenhuma das famílias entrou com uma nova ação na Justiça para tentar mudar o acordo feito lá atrás. O caso, no entanto, continua sendo debatido, principalmente nas redes sociais, onde fãs da cantora se dividem entre críticas e apoio à mãe de Marília.