Gleisi Hoffmann critica Trump, defende Alexandre de Moraes e ataca primeiro-ministro de Israel
Ministra citou a Lei Magnitsky, acionada contra Moraes

Gleisi Hoffmann, ministra das Relações Institucionais |Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo
Nesta quinta-feira (31), a ministra das Relações Institucionais Gleisi Hoffmann (PT) direcionou críticas ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e saiu em defesa ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, sancionado pela Lei Magnitsky. Nas declarações feitas por meio do seu perfil no X (antigo Twitter), a ministra também atacou Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro de Israel.
Nenhum país tem o direito de agir como dono do mundo, mas se Trump quisesse mesmo punir o terrorismo, o genocídio e os ataques aos direitos humanos, devia usar a Lei Magnitisky contra seu parceiro Netanyahu, pelo massacre desumano em Gaza. Aqui no Brasil, o ministro Alexandre de…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) July 31, 2025
"Nenhum país tem o direito de agir como dono do mundo, mas se Trump quisesse mesmo punir o terrorismo, o genocídio e os ataques aos direitos humanos, devia usar a Lei Magnitisky contra seu parceiro Netanyahu, pelo massacre desumano em Gaza.", disparou Hoffmann.
A ministra também explicou que o processo judicial conduzido por Alexandre de Moraes contra o ex-presidente Jair Bolsonaro vem sendo feito de acordo com a legislação brasileira.
"Aqui no Brasil, o ministro Alexandre de Moraes é relator de uma ação penal contra Jair Bolsonaro, que tramou um golpe de estado para implantar a ditadura. O STF atua rigorosamente no devido processo legal: os réus tiveram garantia do contraditório e direito de defesa, que entra agora na fase de alegações finais antes do julgamento.", complementou.
A petista finalizou a declaração com uma crítica à extrema-direita: "É assim que funciona a Justiça, algo que nem Trump e nem Bolsonaro querem aceitar, porque a extrema-direita não convive com a democracia."
Mudança de postura
Apesar da defesa feita nesta quinta-feira, Gleisi Hoffmann - juntamente ao PT - se opôs à nomeação de Alexandre de Moraes para o Supremo Tribunal Federal em 2017. Na época, Hoffmann afirmou que Moraes era uma ameaça à democracia no Brasil e o acusou de perseguir opositores.
“O nosso indicado é um militante partidário convicto, aliás, com posicionamentos externados, e filiado (ao PSDB). Nós temos posicionamentos até de perseguição política por parte do indicado em relação ao PT”, disse a então senadora durante o processo de sabatina. “Reiteramos aqui a preocupação com seus posicionamentos no Supremo, especialmente em relação à democracia”, disse.